segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

As novas "Democracias"



Estou totalmente solidário com as manifestações de liberdade e democracia que se têm espalhado inicialmente pela Tunísia e agora pelo Egipto.

Penso que o mundo está na expectativa para saber se efectivamente o povo do Egipto conseguirá remover o presidente Mubarak do poder.

No entanto tenho algumas renitências pois a sombra da instauração de um novo regime de índole islamita está por detrás de muitos dos manifestantes.

Aliás, é interessante ver países com regimes ditatoriais como o Irão em apoio das manifestações no Egipto.

Principalmente porque o presidente Mubarak tem cumprido religiosamente o acordo de paz com Israel, o que é muito mal visto pelos extremistas pela zona.

O Egipto, ao contrário da Tunísia já é um país de "Grande Porte" com mais de 1 milhão de klm quadrados e bem mais de 80 milhões de pessoas, o Egipto tem cerca de 90% da população com a religião Islamita Sunita.

Em 2005 o presidente promoveu uma eleição multi-partidária no entanto, meteu requisitos mínimos quase impossíveis de alcançar para um candidato, indo uma vez mais sozinho a eleições.

No entanto, também meteu em 2007 leis que impedem que os partidos políticos tivessem como base a religião, o que me pareceu bastante positivo.

Vamos ver no que dá, mas cheira-me que o que move alguns dos Egípcios é um bocadinho diferente do que moveu os Tunisinos

2 comentários:

  1. Os Estados Unidos já manifestaram esperança no restabelecimento da calma no Cairo, mas curiosamente não tomaram uma posição, o que me deixa crer que o que defendes não será uma mera teoria da conspiração.

    Com todo o respeito que me merece aquele povo que luta pela liberdade, salve-se isso, a minha preocupação imediata prende-se com o reflexo que este conflito terá na economia mundial. O Egipto controla o canal de Suez, por onde diariamente circulam milhões de barris de petróleo, e confesso que fico apreensivo quando a nossa estabilidade depende da instabilidade de terceiros...

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  2. As desculpas que eles inventam para aumentar um pouco o preço do barril.

    Não existe motivo algum para temer o fecho do canal do Suez, como nunca houve motivo algum para o preço do barril continuar a subir tão irracionalmente.

    A procura e a oferta não crescem ao mesmo ritmo deliberadamente e tentam vender o mesmo por mais dinheiro de qualquer maneira.

    Já vieram dizer que aumentavam a oferta caso o canal fosse fechado, logo esta oferta não sobe para que eles possam lucrar mais uns trocos...

    tudo é especulação...

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