quinta-feira, 6 de janeiro de 2011

Como vai a campanha das presidenciais...



BPN...

O país está um caos, enfrentamos a maior crise interna desde sempre, estamos claramente à beira da falência e socialmente estamos condenados a mais desemprego, criminalidade e desespero. No entanto, na campanha parece uma caça às bruxas.

O cidadão Cavaco Silva, comprou na formação da SLN (Sociedade Lusa de Negócios) acções, exactamente 105.378 acções, essas acções como primeiro investimento na empresa, custaram 1€.

A SLN expandiu-se e um dos seus investimentos foi no BPN que era um dos principais accionistas.

A SLN Valor, o principal accionista da SLN, quis comprar grande parte das acções dos pequenos investidores e ofereceu cerca de 2,4€ por cada acção.

Cavaco Silva entre muitos, acharam que era uma boa oportunidade de fazer dinheiro e venderam, tal como eu certamente venderia e como de certo grande parte de vocês venderiam.

O que está aqui em causa, é quem fez o negócio de venda e depois da compra das acções, pois um dos administradores da SLN era o amigo pessoal de Cavaco Silva, Oliveira e Costa, conhecido por ter depois ingressado no BPN e ter feito as alegadas falcatruas que todos conhecem...

Não houve grandes problemas nas compras e vendas de acções de outras instituições que Cavaco e tantos outros fazem, nem com as suas contribuições que foram regularmente aprovadas no Tribunal de Contas.

No entanto, o simples facto de um contracto ter a assinatura de Oliveira e Costa muda completamente a honestidade de um homem.

Eu continuo a considerar uma aberração o que se passa no BPN e gostava sinceramente que a perguntas:

- "dos 5 mil milhões de euros investidos no BPN, onde foram parar?"
- "porque se privatizou o BPN e não se privatizou os activos (SLN)"
e principalmente
- "porque raio ainda não se deixou o BPN falir?"

O único candidato que tem mantido uma boa postura é Fernando Nobre que tenta conter-se e tenta promover os verdadeiras incógnitas em que nos devemos debruçar...

1 comentário:

  1. Como deves ter reparado no meu último post, tenho acompanhado com alguma atenção os debates das Presidenciais. Se por um lado acredito que quem ganha debates não é necessariamente um vencedor de eleições, por outro tenho bem presente que quem ganha um debate claramente tem o discurso e as ideias mais organizadas perante o adversário.

    Inicialmente, entusiasmou-me o facto do sr. Fernando Nobre se candidatar - pela independência da sua candidatura, note-se - no entanto, não vejo um único discurso de que dele se retire uma única ideia, sequer uma conclusão.

    O discurso é vazio, mais vazio só o do candidato madeirense (que a bem da verdade, nem sabe ao certo o que está ali a fazer).

    Aquilo que profundamente me revolta, e pegando nas tuas palavras completamente oportunas, é que vivendo uma situação politica e social como não há memória neste país, um período de campanha eleitoral que poderia ser um turning point na forma como o país é administrado ser revestido de ataques pessoais.

    De um a outro lado, não vejo ideias claras, objectivas, propostas de futuro. Vejo ataques.

    Um acusa Cavaco de um passado ligado à P.I.D.E e à forma como ganha no que investe, outro criticado pelo cheque que recebeu e devolveu, mas afinal não devolveu...

    Meus senhores, O PAÍS PRECISA DE VOCÊS! Como é que candidatos que há bem pouco tempo defendiam a criação de um bloco central agora se definham por um lugar no poleiro?! É isto que me repugna na política, que não o é desde que deixou de ser feita para as pessoas.

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