quarta-feira, 28 de setembro de 2011

Governador do Banco de Portugal reescreve a história...


Lembram-se quando toda oposição vetaram o PEC IV do governo de José Sócrates e de imediato a responsabilidade do pedido de ajuda à UE foi totalmente apontada ao PSD?!

Pois bem, o Governador do Banco de Portugal, Carlos da Silva Costa, hoje na assembleia da republica afirma que o pedido feito por José Sócrates foi mesmo no limite, mas já tinha vários meses que estava a ser planeada pelo antigo ministro das finanças.

Ora, cá está mais uma verdade que saiu do baú...

terça-feira, 27 de setembro de 2011

Madeira um peso...


Tal como a Grécia tem sido um peso enorme na Europa, a Madeira surge com uma divida bastante elevada e pior que isso, uma divida escondida.

Eu penso que o Governo de Alberto João Jardim fez uma obra brutal na Madeira e mesmo quando aparecem reportagens sobre supostos "Elefantes Brancos", obras que não têm grande utilidade ou que não são rentáveis, existem milhares de obras que fazem exactamente o oposto.

Eu conheço razoavelmente a Madeira, sei por dentro o que foi feito e a diferença de uma rocha com meia dúzia de casas e uma ilha com potencialidade turística e com infraestruturas de topo

Quando me dizem que a divida é de 5 mil e oitocentos milhões de Euros, não me espanta, acho grande, mas a dívida de algumas regiões é semelhante ou superior e não têm 1/10 das obras feitas na Madeira.

Agora, o que me irrita mais é o Sr. Alberto ter "escondido" a dita divida, pior, ter-se gabado de o ter feito para nós não lhe fazermos mais patifarias...

Aquele ser, deitou em poucas palavras ao fundo a credibilidade do nosso governo para com os nossos parceiros...

Eu acho que este tipo de gestão deve ser severamente punida e com rigor pelos nossos tribunais.

Não pode de maneira alguma passar ao lado este tipo de CRIME!!!

No entanto, este fim-de-semana um colega meu disse-me que os madeirenses votam no Alberto como os de Gaia votam no Luís Filipe Menezes, até porque são homens que criaram uma divida idêntica à sua obra...

Ladroagem, o cúmulo da informação


No fim-de-semana, tive o prazer de estar numa conferência onde ouvi a brilhante intervenção do Jornalista Júlio Magalhães, em que um dos tópicos foi a informação em Portugal.

Disse que quando entrou para a TVI, de maneira a ganhar audiências, a informação que produzia era da mais sensacionalista possível e que a SIC e a RTP demoraram a responder a isso.

Mas hoje, a RTP1 é na opinião dele a que mais "espalha-brasas" e tenho de admitir, estive com atenção aos últimos noticiários e vi uma sequência de 6 a 8 noticias sobre assaltos.

Porque raio se dá uma noticia de um assalto com "sucesso", seja a uma joelharia, caixa-multibanco, carrinha de valores e afins?!

Para melindrar ainda mais a população ou para tentar incentivar a indivíduos susceptíveis a envergar a camisola de ladrões?

Se promovessem todos os dias a noticias de criminosos que foram apanhados ou condenados, mas a realidade é que raras são as aparições dessas noticias.

Caso eu visse todos os dias noticias de pessoas a ganharem a lotaria, eu tinha alguma vontade de jogar.

Agora publicitar roubos ao Bingo de 60 mil euros e assaltos a joelharias no valor de milhares de euros... e depois dizerem que fugiram e a polícia não conseguiu identificar os assaltantes...

Não compreendo a finalidade....

Ainda por cima vi agora que vai haver uma "reportagem especial" em que vão mostrar como é roubado o Cobre e porque é que este metal está cada vez mais procurado pelos ladrões....

MAS ESTAMOS PARVOS??????

Escrever sobre nada


Porque de facto vim para aqui despido de tudo, sem tema, sem problema, sem esquema, sem nada, e com dormência na ponta dos dedos. Dormência que ela mesma poderia ser tema. Mas não.

Vou mesmo escrever sobre nada.


Pronto. É isto.

É que podia falar da cadeira que abana, da luz que treme mais que os dedos, de qualquer merda de etiqueta que já temos, mas não me ocorre mesmo nada. E nada também será etiqueta.

É que já se falou de tudo aqui, menos de nada. Porque não falar de nada? Nada foi dito sobre nada.

Vamos, escrevam. Ou protestem por isto, protestem por tudo, ou por nada, porque estou a escrever sobre nada, e acho que até nem me dei nada mal.

Não dizem nada?






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terça-feira, 13 de setembro de 2011

Eu, mileurista me confesso


Foi este o título que esta manhã captou a minha atenção enquanto assistia ao noticiário televisivo matinal ao mesmo tempo que tomava o indispensável pequeno-almoço. Logo fui assolado de múltiplas inquietações e não inferiores suposições sobre o que poderia ter um mileurista, leia-se "aquele que obtém um rendimento mensal de 1.000 euros", a confessar. A mileurista em questão era uma senhora que eu não conhecia, de nome Filipa Guimarães, que falava de um livro da qual era autora e que tinha sido acabado de publicar.

Misturando na sua expressão preocupada o seu quê de condescendente, polvilhado com uma segurança própria de quem sabia do que estava a falar, a Sra. Guimarães referiu que o seu livro se destina a desempregados, partilhando nele a sua própria experiência no campo da ausência de actividade profissional, ensinando como é possível sobreviver com... 1.000 euros por mês !

Com uma indignação de fazer inveja àquela senhora idosa que, ao assistir à novela das 21h, perde a compostura perante a perfídia do vilão que acabou de cometeu um acto da mais pura maldade, não contive uma interjeição, que por acaso ia descambando em tragédia já que, nesse preciso momento, parte do meu pequeno-almoço se encontrava em pleno percurso descendente, creio eu passando pelo esófago.

Não se detendo, a autora professou ali um verdadeiro espírito de cruzada em prol, segundo palavras da própria, dos desempregados que eram vistos pela sociedade como uma ave rara dentro de uma jaula "a que se deita os amendoins" embora sejam, segundo ela, "pessoas normais que não têm chifres". Queria ela que esta obra fosse uma luz de esperança que permitisse aos desempregados perceber que não estavam sozinhos e que nem tudo era triste e cinzento.


Não é que eu seja douto em termos de experiência de desemprego mas... não me sai da cabeça esta ideia de que um desempregado, ciente que 12% de desempregados equivale a mais de 1 milhão de "colegas", se sinta sozinho nesse estatuto. Poderá estar deprimido e amargurado? Sim, claro! A não ser que pertença àquela franja da população que se sente como peixe na água estando no desemprego. Por outro lado tenho de questionar: Amendoins, Sra Guimarães? Não é que uma oferta seja de desdenhar mas tenho para mim que muitos ficariam muito mais agradecidos perante a oferta de uns quantos pratos de sopa, que por acaso até é mais nutritiva e mais saudável que qualquer pacote de alcagoitas.

Quanto ao objectivo prometido no título, o de ensinar a ser mileurista, ele torna de facto a obra extremamente atractiva. Tenho a certeza de que a grande maioria dos desempregados acolherá com agrado a perspectiva de poder aprender a viver com 1.000 euros por mês. Infelizmente, é precisamente daí que deriva aquele que é, para mim, o verdadeiro calcanhar de Aquiles da obra, já que esta peca logo à partida por não incluir material didáctico, que tanto poderia ser em em espécie ou em cheque. Esta lacuna pedagógica torna sem dúvida mais difícil a aprendizagem do público-alvo que, num país onde há mais de 1 milhão de desempregados, recebe em média apenas 497 euros de subsídio de desemprego por mês (e onde, já agora, o salário médio está cifrado em menos de 800 euros).

Que fazer portanto? Publicar uma versão light? Dividir a obra em dois volumes, sendo a primeira intitulada "Eu quatrocentosenoventaesetista me confesso" e a segunda "Novas confissões de um quatrocentosenoventaesetista", incluindo uma pequena separata grátis intitulada "Mais 6 euros de confissão"? As possibilidades brotam como cogumelos no meu espírito, apesar de um certo desconforto latente derivado do facto de, também eu, ter visto despertar em mim esta ambição de saber como será ter de sobreviver com 1.000 euros por mês...

Mas chega de dislates. Há que dar a palavra a quem conhece por dentro o drama de se ser desempregado com 1.000 euros:

domingo, 11 de setembro de 2011

11 de Setembro... o dia da intolerância...

Faz hoje dez anos desde os atentados de 11 de Setembro nos Estados Unidos da América.

Muito ficou por explicar e as teorias de conspiração são muitas e algumas bem fundamentadas...

Obstante a isso, só tenho a dizer que o mais importante foram as mais de 3000 pessoas que morreram e os milhares de familiares e amigos que perderam os seus entes queridos...

Como é possível que alguém pense que matar 3000 pessoas inocentes é um ato de guerra ou é algo que Deus/Alá poderia gostar?

Isto não é mais que um ato de alguém demente que conseguiu durante anos distorcer as inscrições de Maomé de modo a ganhar protagonismo ou a colmatar feridas do passado...

"Ai e tal mataram o meu irmão, vou matar aquele ali porque... pronto... é um pecador..."

Sou tolerante com todas as religiões, mesmo aquelas que me desagradam pelo que fazem às crianças e às mulheres.

Porque raio acham eles que temos de ser todos da mesma religião ou então somos "infiéis" malignos e que não merecemos viver?!

Detesto radicalismos, principalmente aqueles que ocorrem dentro dos países considerados "Ocidentais", e relembro a Irlanda do Norte ou o que recentemente se passou na Noruega, porque acima de tudo, nós já passamos por isso e deveríamos ter aprendido a ser maiores... crescido... espero que ainda seja vivo quando essa mentalidade saudável chegue aos países Árabes...

terça-feira, 6 de setembro de 2011

A vida difícil dos professores...


Muito se fala da vida dos Professores, muitos sem sequer conhecerem pessoalmente um.

É uma das profissões mais dignas e importantes da nossa sociedade e no entanto uma das mais maltratadas nos últimos anos.

Digo importante porque é nas mãos dos professores que passam todos os jovens que vão ser os homens e mulheres de amanhã. Médicos, enfermeiros, engenheiros, merceeiros e todas as outras classes profissionais, passam pelos professores.

E muitas vezes, um bom ou um mau professor pode influenciar toda uma carreira de uma pessoa ou de um grupo e é por isso que considero uma classe que influencia muito a nossa sociedade.

No entanto, continua-se a dizer, que são demasiado bem pagos, têm 3 meses de férias e não fazem nada.

Pois tenho a dizer que no inicio da carreira os professores são extremamente mal pagos, para não falar dos que não se encontram na carreira à anos e que recebem eternamente perto de mil euros

Mil euros para um licenciado, mestre ou doutor, não é muito e no inicio de carreira somos dos mais mal pagos de toda a Europa. Só os de topo da carreira é que se aproximam da média da UE e são poucos os que lá chegam (com a legislação atual é mais ou menos impossível). Claro que existem os professores universitários, esses são muito bem pagos, mas são casos à parte e também, na sua maioria, lutaram bastante para lá chegar...

Somos uma profissão que temos de estar em constante estudo, formação e evolução pessoal, isso não é de maneira alguma incentivada.

Quanto aos 3 meses de férias, não é bem assim, continuamos a ter o mesmo número de dias que qualquer trabalhador (da função publica e do privado) só que somos obrigados a ter essas férias em Agosto (todas juntas), depois temos é interrupções lectivas que grande parte são ocupadas com reuniões e burocracias.

Temos de ir de férias sempre na época alta e nunca podemos fazer contas a meio dos períodos pois os alunos não podem ficar sem aulas...

No que diz respeito ao termos 22 horas letivas por semana, digo-vos já que trabalho bem mais de 40 horas semanais e que não me importava nada de entrar todos os dias às 9h e sair às 18h de segunda a sexta e poder chegar a casa e descontrair totalmente sem qualquer aula por preparar, teste por corrigir ou burocracia por fazer.

No entanto, ninguém fala dos 37.000 desempregados que ficaram de fora neste ultimo concurso ou nos milhares de professores deslocados que são obrigados a viajar por todo o país pois não têm colocação perto das suas residências.

Ou dos imensos professores que são obrigados a "aturar" personalidades ridiculamente mal educadas e de uma falta de noção de autoridade que está a assolar a grande maioria dos nossos jovens.

Muitos que têm um filho em casa vêm-se desesperados por ele não lavar a loiça ou fazer a cama, ou nunca foram às compras, ou são mal educados para os próprios país, agora imaginem o que é 30 desses numa sala de aula durante hora e meia...

Para não falar na super ilegalidade que é ter contratados à dezenas de anos que trabalham interruptamente sem entrarem para os quadros, sendo de lei que ao fim de três anos qualquer empregador é obrigado a integrar essa pessoa caso o lugar se mantenha necessário.

Antes de mais reflexões, acho importante dizer uma coisa, eu sou Engenheiro Informático e penso ter alternativas ao ensino e provavelmente valorizavam o mestrado que ando a tirar ou a minha dedicação ao trabalho (independente de qual seja). No entanto faço-o porque acima de tudo gosto de ensinar e basta que consiga ensinar ou moldar uma pequena mente para que seja renovado o animo para um novo ano...

Mas como em todas as profissões, existem bons e maus profissionais. E quando nos lembramos daqueles professores que eram muito maus... lembrem-se antes daqueles muito bons e que nos influenciaram muito positivamente na nossa vida....