sexta-feira, 17 de setembro de 2010

Uma possível solução...


O que me traz aqui hoje é uma reflexão que tenho tido de há uns tempos para cá. O tema será o desemprego e uma medida que talvez pudesse ajudar a reduzi-lo e que talvez pusesse fim a alguns problemas associados ao mesmo.

Toda a gente sabe que o desemprego em Portugal tem aumentado a olhos vistos, uns dizem que é inevitável devido á tão famosa crise feita por uns senhores lá do outro lado do mundo, outros contrapõem e dizem que o nosso problema são as politicas que nos têm consumido até ao tutano desde o 25 de Abril. Pois bem, o que realmente é não sei, mas o problema é real e não há como omiti-lo.

Tivemos este ano prejuízos com os incêndios como nunca antes. Fala-se que só em mata e floresta ardida os valores oscilem entre os 125 e 150milhoes de euros. Ora pegando no valor mais baixo 125 000 000 €.

Sabendo que o ordenado mínimo em Portugal é de 450€ comecemos a fazer contas:

Dividindo o total de prejuízos pelo ordenado mínimo

125000000/450 = 277778 Ordenados mínimos que é possível pagar com os prejuízos

Dividindo os mesmos ordenados por 13 (já a contar com o subsidio de férias):

277778/13 = 21368 Ordenados anuais

Pegando neste valor e dividindo pelos 18 distritos em Portugal:

21368/18 = 1187 Ordenados anuais por distrito

Pois bem, cheguei á conclusão que só com o dinheiro que foi perdido nos incêndios daria para pagar a quase 1200 pessoas por distrito para andarem o ano inteiro a limpar as florestas e matas. Claro que há mais questões a considerar nos incêndios portugueses.

Está provado que a maior parte dos incêndios são provocados por incendiários e não por origem natural, mas também se sabe que se os incêndios em Portugal têm as dimensões que têm é devido ao desleixo que existe na limpeza das matas.

Outra questão é onde arranjar 1200 pessoas por distrito para ir fazer um trabalho que não é agradável. Aqui encaixo noutra ideia minha que seria criar uma bolsa de emprego. Temos milhares de pessoas em Portugal a receber subsídios de desemprego e que a única prova que têm que mostrar conforme procuram emprego é um papel passado por uma empresa qualquer a dizer que a pessoa foi lá ver de emprego, muitas das vezes já sabendo que a empresa não está a contratar mais pessoal.

Sendo assim eu propunha a criação de uma bolsa de emprego onde estavam inseridos todos os desempregados em Portugal, desde que não estivessem incapacitados.

Como é o estado português que está a pagar a estas pessoas para estarem em casa, o estado poderia utilizar as pessoas que estariam nessa tal bolsa para qualquer actividade que necessitasse. Seja a Junta de Freguesia de Peraboa que precisa de pessoas para limpar as ruas, seja a Câmara Municipal da Covilhã que precisa de pessoas para as cantinas da cidade e por ai em diante. Não é por uma pessoa ser licenciada que deixa de ter mãos para desempenhar outros trabalhos e não é por uma pessoa ter 55 anos que não pode servir pratos numa cantina, se bem que era preciso enquadrar as pessoas nas actividades.

Mas estas pessoas estariam apenas a trabalhar para receber como faz qualquer um de nós. Neste momento estas pessoas que recebem os subsídios passam o dia em casa ou no café a receber um subsidio que muitas vezes nunca o descontaram nem o descontarão.

Portanto o que propunha é que uma pessoa fizesse parte dessa bolsa a partir do momento em que se acabasse o dinheiro que tinha descontado. Essa pessoa iria trabalhar e no final do mês receberia o ordenado que neste momento recebe sem nada fazer.

Prometo voltar a este tema visto que ficou muito confuso e com muita coisa para dizer.

Cumprimentos

4 comentários:

  1. Este homem de pacifico tem pouco... loool

    O grande problema é que grande parte dos prejuisos que falas são de privados, que não estariam disponiveis para financiar pessoas contratadas pelo estado para limpeza de matas.

    Não concordo com a colocação de licensiados a fazer limpeza de matas ou serviço de cantinas, irá chegar a altura, mas eu preferia requalificar alguém que já tem estudos para uma área onde houvesse ainda saida de trabalho ou tentar que a pessoa promovesse o seu próprio emprego.

    Quanto à bolsa de emprego, concordo plenamente, adaptando o curriculo da pessoa aos empregos que fossem surgindo.

    O Raul Castro, irmão de Fidel Castro está a desenvolver um sistema económico em Cuba que consiga colmatar as deficiências que o actual apresenta e disse "Cuba não pode ser o único país do mundo onde as pessoas ganham dinheiro sem trabalhar"... o homem não conhece definitivamente Portugal...

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  2. Ora meus senhores, incêndios?
    Uma floresta a arder é mau, mas as nossas carteiras ardem como se de acendalhas se tratassem!
    O ser humano, ao contrário de outros animais, vive com os progenitores até tarda idade, o que lhe incutiu uma sensação de irresponsabilidade que nem consigo descrever!
    O que se passa não somente é culpa do nosso governo come bem do chamado "tuga" que acima de todas as qualidades possui a chamada preguiça já tão enraizada no seu quotidiano...
    Aliás, o tuga, essa espécie rara que tem orgulho na selecção e no "Vai P'ra Frente Português que eu cá estou cansado!" gosta especialmente de:
    Fim de Semana, Férias, Festa, Petiscada e SUBSIDIOS!

    Quando se trata de arranjar emprego:
    -Hê pá! ainda não, não que tenho meio ano de subsidio para receber!

    Patético...

    Vistas as coisas, se quem recebesse o subsidio de desemprego tivesse que estar com o dito cujo na sua junta de freguesia para ajudar "no que fosse preciso" nem que isso tivesse que ser guardar os miúdos na escola ou plantar uma árvore por dia, a coisa já mudava de figura....

    -Oiiiii... levantar cedo, ter que fazer alguma coisa em vez de ir para o café... para receber tão pouco? Isto acaba-me com o tempo pró biscate....

    Pois sim meus amigos, isto porque há muita gente no "desemprego" e a fazer o chamado biscate, quando vêm à minha porta, já não pedem trabalho, pedem para lhes assinar a folha que querem ir para casa! A folha? Ó amigo, não quer trabalhar?
    - Não, só a folha para entregar, ainda tenho meio ano para receber...

    E riem-se! Depois culpa-se as empresas, o estado... E que tal culpar o mandrião?
    Bem, culpar é pouco, devia era levar com um gato morto nas trombas até este miar!

    Duas vezes Patético... às vezes tenho que respirar fundo para não os mandar todos para o sítio do costume!

    Trabalhar? Só se não conseguir evitar! Enquanto o estado me der dinheiro fico em casa, a comer rissóis no sofá e a ver o Benfica! Além disso isso tira-me o tempo para o Biscate e tenho filhos para criar....


    Ora isso lembra-me porque ainda não tenho filhos... Com a catrafada de impostos que eu pago para esses senhores passarem o dia no copo e bucha nunca mais vou organizar a minha vida!
    Isto já para não falar do subsidio de perguiça extrema, também conhecido como rendimento mínimo garantido...

    - Sim tenho 30 anos e recebo isso...
    - E porquê? és aleijadinho?
    - Mais ou menos... Sou toxicodependente.

    Bang!E é aqui que puxo outra vez pela pistola!

    21% de IVA, 18% de IRC, pagamento especial por conta, imposto sobre o combustível, IRS, sobre o tabaco, sobre os "direitos de passagem" que nem sei o que é, ecovalor, taxa audiovisual, selo do carro, licença para o animal, imposto de selo, imposto sobre mais valias, retenção na fonte, IMI, imposto sobre um peido que dei... (isso mesmo dado paga imposto)

    Puxo desta vez da espada para um harakiri ao estilo tradicional, antes que me saiam pela barriga que pelo grande orifício anal que o estado teima em alarga-me ainda mais para sustentar quem não mexe uma palha. Ponto final!

    Faço como eles?
    Peço a uma das suas altezas que me ilumine pois não tenho ainda jeito para elevada soberania....


    O Príncipe Imperfeito

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  3. Sinto a sua visão meu caro Príncipe, ainda bem que se juntou a nós

    Apesar de algum exagerado generalizar das situações, penso que traz alguma verdade que só peca na responsabilização

    Sim, peca na grande responsabilização do tuga preguiçoso e não culpabilizar as autoridades que deveriam criar uma efectiva fiscalização

    Ah espere, não têm tantos funcionários que permitisse isso, então culpabilizar quem decide no corte do pessoal... concluindo governo...

    Deviamos então pegar no nosso PM e....

    "Bem, culpar é pouco, devia era levar com um gato morto nas trombas até este miar!"

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  4. Concordo na generalidade do que foi dito, mas se ao "tuga" é permitido este desleixo, esta preguiça, há que responsabilizar quem criou esta permissão.

    Se o subsidio de desemprego não estivesse tão proximo do salário mínimo, acredito que metade dos que estão à boa vida estariam, se não empregados, numa procura activa de emprego.

    Reparem que, se algum com um salário mínimo de 450€, gasta (pelo menos) 50€ em deslocações, então vai preferir ficar em casa, onde tem o dele certo no fim do mês e livre de despesas. E permite o biscate, como foi oportunamente referido.

    O grande problema do português manifesta-se na pouca capacidade de pensamento no médio-longo prazo, salvo em situação de crise.

    "Ainda tenho 2 anos de subsidio de desemprego para receber. Hehe, 2 anos de férias"
    "Epá, já só tenho mais 2 meses de subsidio, como é que vou pagar contas, sustentar os filhos e atestar o carro?"

    Claro que isto não é assim tão linear, não podemos negligenciar os casos de desemprego prolongado no caso de pessoas na casa dos 50 ou mais anos, que toda a vida trabalharam no mesmo ofício, muitas analfabetas, que foram atiradas para o desemprego porque os patrões decidiram deslocalizar produções e expandir no Leste europeu.

    Este tipo de mão de obra enfrenta sérias dificuldades de absorção por parte de entidades empregadores. "Não são produtivos", alegam.

    Agradou-me ver ontem no noticiário o exemplo de uma fábrica da Volkswagen, que potenciou a contratação de pessoas de meia idade, investiu apenas 20.000€ na melhoria de condições de trabalho e no primeiro ano da iniciativa registou um aumento de produtividade de 7%.

    Estaremos demasiado cépticos e pouco audazes para este tipo de..."aventuras"?

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