quarta-feira, 22 de setembro de 2010

A morte imposta

Quanto mais avançado julgamos este mundo, mais primitivo este se apresenta. Já criei uma máxima.

Máxima esta que ganha força com o tema que seleccionei para aqui vos suscitar a discussão.

Amanhã por esta hora, Teresa Lewis terá sido executada no estado norte-americano da Virgínia.

O crime? - Terá alegadamente sido a mentora do assassínio do marido e enteado, para receber o seu seguro de vida. Um crime violento, merecedor de punição.

No entanto, até que ponto a lógica de "olho por olho, dente por dente" terá sentido, sobretudo numa sociedade que se afirma como expoente democrático mundial?

Longe vai o tempo em que damos o exemplo a quem quer que seja. E mal daquele que por estes dias nos imite.

"A liberdade é uma cidade imensa da qual todos somos concidadãos".

Achei curiosa a critica iraniana, crucificando este acto de selvagem. Irão que se viu, e vê, no centro da mesma polémica devido ao apedrejamento até à morte. Cada um mais controverso que o outro. Se por um lado, os Estados Unidos, que tanto querem passar uma imagem de liberdade e democracia, vão contra os próprios valores religiosos pró-vida, o Irão mais não defende que os mandamentos do Alcorão, por muitas críticas que isso nos possa merecer.

Será a pena de morte o nosso elo de ligação à Idade Média?

1 comentário:

  1. Sem duvida que a pena de morte é algo fora de qualquer contexto. Punir alguém por matar outro ser humano com o mesmo castigo?!

    É a mesma coisa que chamar nomes a uma pessoa por dizer asneiras.

    É baixar ao nível primário do ser humano...

    No entanto 25 anos como pena máxima?! Tudo bem que estamos a gastar 1500€ por mês por cada recluso, mas por exemplo, colocar alguém que mata, imaginemos, 1000 pessoas, 25 anos depois nas ruas de Portugal, parece-me exageradamente pouco...

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