quarta-feira, 29 de setembro de 2010

De luto



Por mais que queira afastar-me do tema "Política", as constantes novidades não permitem falar noutra coisa que não a terrível saga.

E não me vou alongar, a indignação com que acabo de ver e ouvir as medidas de austeridade aprovadas pelo Governo tiram-me a vontade de escrever e abalam a confiança de tantos portugueses que se esforçam diariamente para tapar vergonhas governamentais.

Descida de 5% nos salários da função pública

I.V.A a 23%

São dez medidas, mas ficamos por aqui para o desânimo não nos abalar completamente.

Pergunto, isto vai efectivamente resolver alguma coisa?

Serão os portugueses capazes de aguentar mais privações?

Numa coisa concordo com o Governo quando critica a Oposição. Para não mexer nos impostos, onde mexer então?

Terá a Oposição verdadeiras ideias, ÚTEIS, ou limitar-se-á a apenas bater o pé?

4 comentários:

  1. O CDS sugeriu algumas ideias algo Úteis, destacou as milhares de empresas municipais que de úteis pouco têm e milhões de euros gastam

    falou das grandes obras que continuam a assombrar os orçamentos do PS e não só falo do TGV como inúmeras auto-estradas, pontes e afins que real valor para as exportações e para o PIB trazem pouco

    continuar a massacrar a classe média-baixa, pura e simplesmente faz com que o consumo interno baixe ainda mais e tendo em conta que nas mais de 300.000 empresas em Portugal apenas 3.000, detêm 95% das exportações, temo que as restantes se vejam em apuros... logo mais desemprego...

    Se me disseres que isto tudo é relativo... pois olha, eu acho que é absurdo...

    Além de achar que deveria baixar apenas a quem ganhasse um determinada quantia de dinheiro, nem que fosse 2 ordenados mínimos (e já me incluía a mim)

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  2. Eu que saio de casa às 08:00h e chego às 20:00h sem contar alguns fins-de-semana a trabalhar. Eu que não devo nada a ninguém e não tenho aquilo que não posso ter, sou obrigada a fazer parte deste cenário todo.
    Sempre fui da opinião que mais vale uma decisão errada do que nenhuma decisão. Vamos lá ver no que isto vai dar.

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  3. Contra mim falo, também não vou escapar a estas medidas. O que me incomoda, e que o Eduardo Roque também focou, é o facto de até à bem pouco tempo este Governo defender grandes obras com um sorriso na cara, e apesar de todos os indicadores apontarem para a mais que provada crise, o mesmo sorriso deslavado continuar estampado na cara.

    Não se aceita.

    Não se aceita que sejam sempre os mesmos a pagar por isto, já nem acredito em classes, mas na classe. A média baixa vai-se vendo depenada e mal existe. Se é para resolver, então que resolva. Mas que haja decência de repor qualidade de vida quando sairmos do buraco.

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  4. Isto esta tao bom, mas tao bom... Que ninguem lhe quer pegar!

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