terça-feira, 12 de abril de 2011

Estão ai os homens


Bem, chegaram os técnicos do FMI, aguardo com alguma ansiedade para ver o valor do empréstimo. Para mim o principal indicador do fosso em que nos encontramos. Tendo em conta o que eles pensam do estado do país será de 80 mil milhões, espero mesmo que seja menos que isso.

Vieram a lume também números (não confirmados) de quanto custou a "teimosia" do Eng. Sócrates, quase 400 milhões por adiar a vida da ajuda estrangeira. Para mim, foi um bocado aquém do que pensava, seja como for, a maior consequência foi mesmo que estamos atrasados em relação a todos os países da Europa e do mundo, enquanto a malta já vai crescer para o ano, nós ainda nem temos previsões disso.

No entanto tiro uma coisa boa, havendo já a experiência da Grécia e da Irlanda, pode ser que sejam mais meigos connosco, até porque nós tão temos metade dos problemas que lá se verificavam, tanto a nível bancário como a nível de défices.

Entretanto vi, quase incrédulo, o comício do PS, aquele foi sem dúvida a demonstração da enorme qualidade de markting politico que já vi até hoje nas terras lusas. Quase parecia que estávamos do outro lado do Atlântico.

Como disse um amigo meu, "estava o circo bem montado". O Sócrates pode ter sido um incompetente a dirigir o país, mas como politico (comunicador) é enorme.

1 comentário:

  1. Os diários económicos avançam com uma previsão na casa dos 100 mil milhões. Para nosso bem, espero que o valor seja substancialmente inferior sob pena de termos um futuro cada vez mais hipotecado.

    A Finlândia está a bater o pé, estes já nos toparam, já viram o que os outros não querem ver (ou por meio de uma misericórdia interesseira não queiram ver) e a ajuda está em dúvida.

    Afiança-se que os créditos habitação vão encarecer, como forma de redução do endividamento e possivel potencialização do arrendamento. Pessoalmente, partilho desta medida, embora a defenda em empréstimos futuros e não aplicável aos contratos já existentes que em muito penalizam os contratantes.

    Verdade seja dita: a banca facilitou em demasia o acesso ao crédito habitação. Criou-se a ideia (banal) de que temos que comprar uma casa. Confesso que a ideia de hipotecar um futuro, assumindo uma despesa a 30 ou 40 anos me afronta e não me seduz.

    Os bancos colocaram uma corda no pescoço de quem quis comprar casa e apertam o laço ao sabor da subida da Euribor. Quem se comprometeu numa conjuntura bem diferente da actual vê-se a braços com uma situação deveram complicada.

    Não me vejo como proprietário de uma casa, à semelhança da geração dos meus pais. É simplesmente impraticável. O arrendamento permite (ainda) um maior desafogo financeiro.

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