Os livros escolares são a preocupação maior de muitos pais por estes dias.
A factura começa no 50€ para livros do 1º ciclo, até cerca dos 300 no terceiro ciclo. Preços médios. É curioso observar que o preço médio dos livros no ensino secundário ronda os 240€.
Em Portugal, a reutilização de manuais escolares ainda é reduzida.
Enquanto leigo na matéria, confesso que me faz confusão o facto dos manuais mudarem quase todos os anos. Será que as matérias essenciais para os alunos mudam assim tanto de um ano para o outro, ou é constantemente necessário encher os bolsos dos editores e esvaziá-los ao Zé Povinho no final de cada Verão?
Acabo de ver na tv uma iniciativa que é de saudar por parte das Câmaras Municipais do Seixal e de Famalicão.
A primeira, promove uma recolha de livros na Biblioteca Municipal - deixam-se os livros do ano anterior, em troca levam-se livros do novo ano. Sem qualquer tipo de triagem, vai quem quer. E sobram livros, o que diz bem da pobreza envergonhada que por cá se vive.
A segunda, Famalicão, subsidia livros a cerca de 6.000 crianças. Não inventem medidas complexas para travar a desertificação do interior. Apoiar quer precisa, apoiando a educação parece-me um "2 em 1" melhor que os cabazes do Pingo Doce.
Aqui o Rei, quando tiver também sua descendência, não se coibirá de recorrer a estes depósitos de livros, ganhe ele o que ganhar. Afinal, não ensinamos as crianças o principio dos 3 R's?
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