Campeões do Sistrema

Quero cumprimentar todos os blogueiros e autores deste magnifico site, e agradecer o convite que me foi colocado, ao qual, como Marega, tive orgulho em aceitar.

A minha primeira intervenção vai direitinha para os jovens que defenderam as cores da Selecção Nacional no passado dia 20 de Agosto de 2011.

Portugal empatou no tempo regulamentar, perdeu apenas no prolongamento, num jogo de estrelinha para o Brasil. A Selecção Nacional, recuperou de diversas desvantagens: temperatura, altitude, cansaço, falta de banco, e contra os ases que não eram os mesmos (arbitragem), podemos juntar ainda a inusitada frente de desconfiança de um povo perante um colectivo sem historial que é a Selecção de todos nós. Chegar à final de um campeonato do mundo de sub 20 ligou de novo em piloto automático nos lusos que permaneceram em massa acordados até às 4 da manhã tentando reavivar a geração de ouro de há 20 anos.

Precisamos de um Clube diferente que coloque estes astros a jogar, um clube de Portugueses, o Clube Portugal, tal como o Atlético de Bilbao no País Basco, apenas e só com jogadores regionais. Se analisarmos a política de contratação e gestão de jogadores dos clubes profissionais, quase todos, ao longo dos últimos anos motiva apreensão. Transformaram-se em turmas fechadas, repúblicas com direito de admissão reservados a sotaques sul-americanos. Anuncia-se de hora em vez uma revolução e descobrem-se as mesmas caras no Sistrema, os mesmos dirigentes, os mesmos diretores, os mesmos árbitros e os mesmos e mais sinistros empresários com negociatas do arco-da-velha. Por isso não será de admirar que por ano, surge apenas um Djaló, um Coentrão, um Sílvio a quebrar o ciclo. Tudo o resto soa a mais do mesmo.

Quando esta Selecção chega à final de um mundial, fico admirado e ao mesmo tempo com esperança na manutenção do prestigiado 4º,5º,6º ou 7º lugar do ranking da FIFA. Para um país pequeno, com poucos atletas, com o desaparecimento gradual dos clubes de futebol de 11, o surgimento de jogadores de alta categoria sem jogarem em clubes de alta competição como os três grandes, mais glorioso se torna o feito.