segunda-feira, 27 de dezembro de 2010

Novo ano...



Num novo ano em que a crise vai começar a dar a real conta de si, em que se fala de novas medidas de austeridade e o poder de compra vai diminuir drasticamente.

Os ordenados ou mantiveram ou baixaram (para quase todos) vejamos alguns aumentos previstos:
  • IVA + 2% para 23% tirando os produtos que mudam de escalão
  • pão sobe mais de 12%
  • portagens sobem em geral 2,3% tirando o fim das portagens
  • energia em geral sobe 3,8%
  • comunicações sobe directamente 2,2% tirando a subida das 3 operadoras dos "tarifários jovens" (tag, moche e extravagância) de cerca de 10%
  • ISV sobe 2,2% aumentando ainda mais os carros mais caros da Europa
  • roupa é previsto subir 10%
  • gasóleo sobe 4 cêntimos por litro só em Janeiro
  • na saúde consultas sobe 10 cêntimos e urgências sobe 20 cêntimos

Além de outras subidas que me escapam agora, contudo, no dia seguinte de Natal, resolveram meter para repúdio contra as dificuldades de grande maioria da população esta reportagem na SIC... haja falta de gosto...

3 comentários:

  1. Podemos começar por "elogiar" o aumento no salário mínimo. 10 euros em Janeiro, que não vão dar para pagar a bica no Óscar e que querem mascarar todos os outros aumentos.

    Mas repare-se que é fácil fugir a estas medidas que este Governo nos sugere!

    Vamos todos deixar de comer pão.

    Ninguém sai de casa. O "vai para fora cá dentro" será literal, saio da cozinha directamente para o quarto e não pago mais por isso.

    Jantar à luz da vela como alternativa à luz eléctrica também não é viável porque as próprias velas vão custar mais 2%.
    Sugiro um jantar pelas 17h30 e um xixi-cama pelas 19h30, progredindo até umas generosas 22h em período balnear.

    As redes móveis enraizaram-nos a crença de falar "de graça", e dão agora graças por termos sido seus fiéis seguidores.

    Um novo conceito, "pagar para falar de graça".

    Comprar carro novo não está nos planos mais próximos (ahah ó pra mim a fintar os aumentos) mas o seguro automóvel vai subir (apanhado).

    Roupa, bem roupa só nos saldos.

    Pior mesmo só na saúde. Se adoencer, das taxas não fujo, não sou desempregado nem padeço de males crónicos (por ora!), mas levo por tabela na medicação. Genéricos nem pensar, não pagam a viagem às Maldivas ao XôTor.

    A reportagem da Sic não me merece comentários, não quero que a minha revolta seja interpretada por uma inveja que não existe.

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  2. Eu vou ser sincero, não vi a reportagem na integra, simplesmente tive que mudar de canal, é falta de gosto e totalmente descabida para a situação real do país

    demarca mais uma vez a diferença entre classes e com tendência a piorar

    Enquanto uns lutam pela sobrevivência e manutenção dos lares, outros fazem extravagâncias e vivem num mundo completamente à parte desta pobreza material, já que pobreza de espírito os acompanha

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  3. O que acho que é bem criticável é esta despropositada, inoportuna e ridícula "política do eu".

    São ricos, vivem bem? Epá, fantástico para eles, é sinal de que o esforço ou a sorte na vida lhes sorriu. Eu também luto pelo mesmo!

    Exibicionismo, neste País, neste contexto particular, nesta época do ano... Se é para encher a grelha, sinceramente é preferível mais uma reposição de "Sozinho em Casa"

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