sexta-feira, 1 de julho de 2011

O Programa de Governo

O programa de governo foi esta semana entregue e já se conhecem as principais linhas orientadoras para o futuro imediato do país.

Embora não conheça o programa na integra, comentarei a medida que até agora merece mais contestação - a perda de 50% do subsidio de Natal de 2011.

O povo revolta-se, com razão, queixa-se que é sempre o mesmo a fazer sacrifícios. Com razão.

Espero sinceramente que ninguém tenha eleito este governo apenas pela crónica crença sebastianista de que da noite para o dia os novos salvadores da pátria nos tiram do buraco. Passos Coelho avisou que os próximos tempos serão difíceis.

Por diversas vezes aqui afirmei que não sou de direita; considerando o panorama politico nacional (ainda que também pudesse ir fora de portas), acho que não há melhor opção que se ser independente (mas não ao estilo do sr. Fernando Nobre).

Voltando ao tema. 50% do subsidio de Natal é um mal menor na situação que vivemos. Olhando para a Grécia temos uma forte premonição do que nos pode acontecer. Não me oponho, porque enquanto trabalhador independente não tenho essa regalia, como aliás é normal não ter regalias enquanto independentes.

Esta medida permite um encaixe de 800 milhões de euros.

Não paremos por aqui. coloquemos algumas questões:

Porque tem a Madeira um governo próprio, um regime de IVA próprio e exige renegociar a divida conjuntamente com a dívida nacional?

Porque insistimos em dar pensões vitalícias a quem desempenhou cargos políticos?

Porque não fiscalizamos a atribuição de subsídios, designadamente de desemprego e rendimento social de inserção (de inserção!!!!!!) atribuídos aleatoriamente?

Qual é a pena para os devedores do fisco e segurança social? Quanto devem eles?!

QUAL A DIVIDA DOS CLUBES DE FUTEBOL, nomeadamente os 3 grandes?! com centenas de milhões de dívida ao fisco continuam a comprar baseados em garantias irrealistas?

Avancemos, que não pague sempre o povo, mas que todos sejam chamados a contribuir na devida proporção.

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