quinta-feira, 17 de novembro de 2011

Socialismo e o seu extremismo



Eu defendo que o conjunto das diversas ideias é que consolida a democracia e traz equilíbrio à nossa sociedade.

A menos de uma semana de uma greve geral, vejo com muito desagrado o que se passa na nossa extrema-esquerda, um grupo de pessoas sem ideias que tem como objectivo impor a sua ideologia aos demais. Quando digo impor, digo mesmo impor, não é contestar nem manifestar desagrado com a ideologia dos restantes.

Detesto quando as pessoas são possuidoras da razão absoluta e não ouvem sequer os argumentos das outras pessoas.

O pegar em dinheiro que não é nosso construir não sei o quê e contratar não sei quantos funcionários, com esperança do consumo interno dinamizar a economia é um sistema que funciona até haver quem nos empreste dinheiro... depois entra em colapso... a ideia do socialismo é bonita mas está no fim, estamos a níveis de impostos quase insuportáveis e no entanto não conseguimos pagar tudo o que "queremos" ter direito... Saúde, educação, transportes, segurança, exercito, administração e afins...

Neste momento, numa postura meramente populista, com intuito de ganhar votos, o partido comunista, bloco-esquerda e até mesmo um pouco da ala do PS (até Seguro) continuam com discursos demagógicos e sem qualquer nexo

A ideia de sair do Euro só foi "ponderada" pelos comunistas, que não sabem explicar nem as consequências nem sequer aceitam que lhes tentem explicar o que aconteceria...

Acho que ninguém sabe ao certo o que aconteceria, mas vendo outras economias que chegaram a esses pontos... Argentina, Chile e outros...

Nós temos uma divida, se a não pagarmos as pessoas deixam de nos emprestar dinheiro e nós temos défice de tudo... nós gastamos bem mais do que produzimos...

Nós importamos alimentos, combustivel, energia..... e tudo... ao contrário de casos de sucesso como o Brasil, que em tempos deixou de pagar as suas dividas e bateu no fundo, conseguiu levantar-se porque é auto-suficiente em tudo...

Nós temos uma balança comercial de rastos, se de repente deixássemos de poder importar, o povo português não só não mexia um carro como passaria muita fome... (em extremos)

Façamos o seguinte exercício, o que aconteceria se deixássemos o euro para um determinado escudo.. era básico de perceber... no caso micro-económico da nossa casa... uma familia que tem uma divida a pagar com uma prestação de 500€ por mês e ganha por exemplo 1500€... no dia seguinte a entrar na nossa moeda, passava a pagar uma prestação de 500€ e ganharia o equivalente a metade do que ganhava em euros... ou seja 750€... acho que é bem óbvio o que aconteceria...

Imaginem agora o que aconteceria ao país, não pedindo mais crédito porque ninguém lhe voltava a emprestar um cêntimo (ou emprestando a juros de 110% como acontece na Grécia hoje em dia)

O Governo teria de deixar de ter função pública, ou tudo teria de ser pago ao valor real do seu custo... saude, educação, transportes, água, luz e afins... seria o caos e o fim da nossa economia...

Se tivermos que sair, terá de ser por iniciativa da Europa, de modo a que nos ajudem e eles próprios financiem a nossa saida (basicamente que paguem metade das dividas das pessoas e empresas aos bancos) perdoem metade da nossa divida ao exterior e pronto... ai podemos recomeçar de novo com uma moeda nossa... vai ser dificil de financiar uma balança tão desiquilibrada mas só há essa solução...

Eu só vejo uma solução neste momento para Portugal, aguentar, seguir as orientações de quem nos está a sustentar e se seguirmos tudo bem direitinho e mesmo assim eles virem que não resultou... então eles que tratem de nos ajudar na transição...

Os de esquerda que querem chegar, dar 30 pontapés na cadeira e agendar por sua iniciativa a revisão da nossa divida... é de putos a tentarem extorquir dinheiro aos pais depois de terem gasto a mesada num jogo para a playstation...

Digamos que esta solução sugerida pela troika não me agrada, não me revejo sequer na ideia de empobrecer Portugal como meio de competitividade, pois só se caíssemos abruptamente conseguiríamos competir directamente com alguns países de leste da Europa e da Ásia...

Mas que poderemos fazer nós?!

Eu sou daqueles que até gosta de ouvir os membros da Troika a falar, não porque nos digam alguma coisa de especial, no entanto têm bem mais credibilidade perante as instituições Europeias que os nossos Governantes e se disserem coisas como "estão no bom caminho e cumprem" podem dizer as baboseiras e as sugestões todas que quiserem...

A questão é que não vi esta malta a criticar os governos anteriores por terem feito hospitais, pontes, escolas e estradas à burra... não os ouvi a criticar o governo por termos os transportes em constante falência técnica e a não mexerem uma palha... criticar quando se tenta resolver alguma coisa para "remediar" o que foi feito, não me parece que mereçam credibilidade...

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