sexta-feira, 10 de junho de 2011

Dia de Portugal. E dos outros todos.

Porque já parece impossível falarmos do País enquanto acto isolado, porque já quase não existimos sem a mão estendida. O nosso nome anda pelas ruas da amargura, e espera-se que os novos timoneiros consigam dar novo rumo à jangada. Têm o meu voto de confiança.

A propósito das comemorações do 10 de Junho, o I publicou uma reportagem que dá conta da imagem portuguesa lá fora. Cidadãos dos diversos estratos sociais opinaram sobre o nosso Páis, aquilo que conhecem ou ouviram dizer. Destaco uma opinião, e deixo a quem quiser a oportunidade de mandar o bitaite.

"Portugal? O País de marinheiros, burocratas e jogadores de futebol. O País em que os conservadores se definem como socialistas e onde os políticos têm nome de filósofos ou de escritores. O País com enormes estádios em cidades pequenas, o País com arquitectos no estrangeiro, o País da crise financeira. Portugal é o País em que o futuro da UE vai ser decidido. Sempre imaginei o País como um sitio feliz, o País soalheiro a oeste, onde os habitantes não se preocupam muito com a seriedade e a realidade e são abençoados com um toque de melancolia que os distingue dos vizinhos barulhentos. Esse é o meu estereotipo dos portugueses e de Portugal. Estou curioso para ver como vão resolver os vossos problemas. A crise é a oportunidade de Portugal para ser um criador de novos valores de uma nova Europa. A escolha é vossa, de continuarem a ser periféricos ou de estarem no centro da Europa. E nós estamos a ver."

David Nestler, 28 anos, estudante (Áustria)

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