"Era gente que sabia ao que vinha e que tinha a lição bem estudada!". É com estas palavras que, ainda visivelmente emocionado, Teotónio (nome fictício), o motorista da carrinha, descreve o que se passou. Também Sesinando (nome fictício), outro funcionário que viajava na carrinha, não esconde a emoção. "Deviam ser uns 4 ou 5, todos armados e pareciam dispostos a tudo! Pensei que ia desta para melhor. Só conseguia pensar na minha mulher coitadinha, que está desempregada!".
Segundo Teotónio o ataque foi muito rápido e demonstrou uma preparação cuidada. "Obrigaram-nos a parar e, em menos de um fósforo, arrombaram a tampa do depósito e, com um tubinho, tiraram o gasóleo todo que devia ser à vontadinha uns 50 litros! Não ficou nem pinga! Até roubaram o meu isqueiro quando perceberam que era a gasolina e estava a ver que levavam também o Sesinando que, como não usou os toalhetes nas bombas de combustível, tinha as mãos a cheirar a gasóleo. Dos valores que estavam na carrinha nem quiseram saber!".
Procurámos contactar a Polícia Judiciária para obter uma declaração oficial mas desistimos quando nos foi dito que teríamos de pagar previamente a Taxa de Obtenção de Declarações Oficiais e que esta não é dedutível no IRS.
Seja como for, esta é sem dúvida uma notícia preocupante para as empresas de transporte de valores que poderão estar a braços com um novo tipo de ameaça.
Este artigo é um simultâneo com o Blog do Katano
Fotografia (editada com total ausência de bom gosto): Alentejo Magazine
o verdadeiro sentido do ouro negro....
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