Li este. Dei o tempo por bem empregue, ou não andasse o meu espirito a clamar por estas chicotadas.
Carta (alegadamente) enviada ao Ti Mário.
Sr. Dr. Mário Soares,
Sou um cidadão que trabalha, paga impostos, para que o Sr. e todos os restantes políticos de Portugal andem na boa vida.
Há dias, ouvi o Sr., doutamente, nas TV's, a avisar o povo português para que não se pusesse com greves, porque ainda ia ser pior.
Ouvi o Sr. perguntar onde estava a alternativa ao aumento de impostos, aqui estou eu para lhe dar a alternativa. Aqui lhe deixo 10 medidas que me vieram à mente assim, de repente:
1. Acabar com as pensões vitalícias e restantes mordomias de todos os ex-presidentes da República (os senhores foram PR's, receberam os seus salários pelo serviço prestado à Pátria, não têm de ter benesses por esse facto);
2. Acabar com as pensões vitalícias e / ou pensões em vigor dos primeiros-ministros, ministros, deputados e outros quadros (os Srs deputados receberam o seu ordenado aquando da sua actividade como deputado, não têm nada que ter pensões vitalícias nem serem reformados ao fim de 12 anos; quando muito recebem uma percentagem na reforma, mas aos 65 anos de idade como os restantes portugueses - veja-se o caso do Sr. António Seguro que na casa dos 40 anos de idade já tem direito a reforma da Assembleia da República);
3. Reduzir o nº de deputados para 100;
4. Reduzir o nº de ministérios e secretarias de estado, institutos e outras entidades criadas artificialmente, algumas desnecessárias e muitas vezes até redundantes, apenas para dar emprego aos "boys";
5. Acabar com as mordomias na Assembleia da República e no Governo, e ao invés de andarem em carros de luxo, andarem em viaturas mais baratas, ou de transportes públicos, como nos países ricos do Norte da Europa (no dia em que se anunciou o aumento dos impostos por falta de dinheiro, o Estado adquiriu uma viatura na ordem dos 140 mil € para os VIP's que nos visitarão);
6. Acabar com os subsídios de reintegração social atribuídos aos vereadores, aos presidentes de Câmara, e outras entidades (multiplique-se o número de vereadores existentes pelo número de municípios e veja-se a enormidade e imoralidade que por aí grassa);
7. Acabar com as reformas múltiplas, sendo que um cidadão só poderá ter uma única reforma (ao invés de duas e três, como muitos têm);
8. Criar um tecto para as reformas, sendo que nenhuma poderá ser maior que o vencimento do PR;
9. Acabar com o sigilo bancário;
10. Criar um quadro da administração do Estado, de modo a que quando um governo mude, não mudem centenas de lugares na administração do Estado, sendo que o critério para a escolha dos lugares passe a ser o mesmo que um ministro/político adopta na escolha de um médico para lhe tratar uma doença ou lhe fazer uma operação cirúrgica ( porque nesta situação eles não vão buscar os “boys” do partido, mas sim os mais competentes, pois é a “vidinha” deles que está em jogo e não o dinheiro do erário público ).
Com estas simples 10 medidas, a classe política que vai desgraçando o nosso amado Portugal, daria o exemplo e deixaria um sinal inequívoco de que afinal, vale a pena fazer sacrifícios e que o dinheiro dos portugueses não é esbanjado em Fundações duvidosas e em obras de fachada sumptuosas.Enquanto isso não acontecer, eu não acredito no Sr. Mário Soares e não acredito em nenhum político desde o Bloco de Esquerda ao CDS, nem lhes reconheço autoridade moral para dizerem ao povo o que deve fazer.
Zé do Povo
Portugal
Apesar de algumas propostas serem de algum radicalismo, penso que a maioria tem sentido.
ResponderEliminarMas para isso algum dia acontecer, teríamos que repensar totalmente a nossa democracia, porque basicamente, este sistema de partidos, é muito bonito mas na realidade limita a que pessoas como tu ou eu se candidatem a um lugar de deputado.
E se é mais organizado, é menos democrático e baseado em lóbis, que têm de ser mantidos para re-candidaturas e futuras candidaturas.
Por isso, duvido muito que eles se condenem a uma redução de "direitos" numa atitude meramente altruísta...